A contabilidade para os médicos é fundamental, apesar de nem todos terem conhecimento sobre as vantagens de ter uma assessoria contábil nessa área.
Todo mundo sabe que os médicos têm um fluxo de trabalho e de receitas bem relevantes, seja em valores ou em volume.
Isso porque são profissionais bem remunerados e que muitas vezes trabalham em mais de um lugar.
Então, pode ser que o médico tenha uma clínica, como também atende em outros lugares.
Com isso vão se acumulando receitas e fica fácil perder o controle de tudo, se você não tem uma assessoria contábil.
Assim, sabendo da importância que é a contabilidade para médicos, elaboramos esse conteúdo especial para você ter informação de qualidade sobre o assunto.
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Por que os médicos precisam de contabilidade?
De acordo com o que já falamos antes, os médicos são profissionais que possuem uma renda alta e de fontes diversificadas.
Portanto, assim como qualquer pessoa, estão sujeitos ao pagamento de Imposto de Renda, que pode ter uma alíquota de até 27,5% sobre a renda.
Nesse sentido, o primeiro motivo que leva os médicos a precisarem de uma contabilidade é justamente para terem economia tributária. Vamos falar mais sobre isso no conteúdo, então acompanhe até o final.
Além disso, as fontes de renda diversificadas podem causar uma confusão de receitas bem grande e com isso até mesmo um pagamento de imposto a mais. Ou até mesmo um problema fiscal por falta de declaração de alguma dessas entradas.
De maneira geral, ter muitas receitas e de fontes diversificadas exige um controle para que não aconteçam problemas no futuro.
Por fim, outro grande benefício de ter uma contabilidade é ao abrir uma empresa, que pode trazer muitos benefícios aos médicos.
É sobre isso que vamos falar a seguir.
Qual o melhor formato de trabalho para médicos?
Na prática, os médicos possuem basicamente três modalidades de contratação: CLT, autônomo ou através de uma pessoa jurídica.
Atualmente, são poucos os lugares que contratam os profissionais da medicina pelo regime da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho.
Até mesmo por uma opção dos próprios médicos, que sabem que esse regime reduz bastante a renda líquida.
Dessa forma, sobram duas alternativas: trabalhar como autônomo ou como prestador de serviços através de uma empresa.
Vamos explicar abaixo os detalhes sobre cada um desses formatos, para você entender melhor.
Médico Autônomo
Da mesma forma que a CLT, o médico que atua como autônomo também tem bastante desconto na sua renda.
A pessoa que o contrata nessa modalidade precisa emitir um recibo de pagamento autônomo, um RPA.
Então, nesse recibo existem os seguintes descontos:
INSS: Sim, como autônomo você também precisa contribuir para a previdência, a alíquota máxima é de 11%, mas com um limite de R$ 642,34 por mês.
IR: Há também o desconto de Imposto de Renda que é retido na fonte, a alíquota máxima é de 27,5% e nesse caso não há limite de valor.
Portanto, quanto maior o valor que você recebe, maior o pagamento de Imposto de Renda.
Esse é um dos principais impostos que os médicos pagam no Brasil, que comprometem bastante a sua renda líquida no final.
Médico PJ
Dessa forma, como alternativa, há a possibilidade dos médicos abrirem empresas, ou seja, atuarem através de pessoas jurídicas.
Nesse formato os impostos mudam bastante, veja abaixo.
Antes de mais nada, nesse caso quem faz a dedução dos impostos é o próprio médico, porque isso é feito pela empresa.
Nesse sentido, se a empresa for optante pelo Simples Nacional, ou seja, fatura até 4.8 milhões por ano, os impostos são o seguinte:
- INSS: O INSS aqui é cobrado apenas sobre o pró labore do sócio, então se optar por um pró labore maior, mais vai pagar. A alíquota é de até 11%.
- DAS: É o imposto único do Simples Nacional, que incide sobre todo o faturamento da empresa. A alíquota do DAS começa em 6%.
- IR: Também pode incidir Imposto de Renda sobre o pró labore do sócio, que depende do valor que ele definir. Por exemplo, se preferir, pode optar por um pró labore menor e deixar para distribuir outros valores com a apuração dos lucros.
Empresa para médico
Na prática, a maioria dos médicos já está optando pela abertura de um CNPJ para trabalhar, mesmo que não tenham uma clínica de fato.
Ou seja, atuam como prestadores de serviços para diferentes locais.
Para começar, o ideal é que o médico abra uma microempresa ou empresa de pequeno porte, para poder aproveitar o regime tributário do Simples Nacional.
Esse regime é menos burocrático e tem alíquotas bem mais vantajosas.
A alíquota para essas empresas inicia em 15,5%, mas pode ser usado o fator R, que é uma previsão legal, para reduzir para 6%.
Então, do faturamento total da empresa há um pagamento de DAS de até 6%, mais INSS e IR sobre o pró labore. Que, como falamos, pode ser em um valor menor mensal, para complementar posteriormente com uma distribuição de lucros, que é isenta de Imposto de Renda.
Inclusive, abrindo uma microempresa ou empresa de pequeno porte é possível até mesmo contratar funcionários, como recepcionistas ou auxiliares, caso você tenha uma clínica.
Quanto à natureza jurídica da empresa, se o médico vai atuar sozinho, hoje em dia é possível abrir uma sociedade limitada unipessoal.
Contabilidade para médicos
Assim, como você viu, a contabilidade para médicos é muito vantajosa, mesmo para quem não tem empresa ainda, justamente para que esse profissional possa lhe orientar nesse processo.
É super importante ter alguém com conhecimento técnico para indicar qual a melhor estratégia, em especial porque envolve algo muito importante: a área fiscal.
Você precisa ter muito cuidado ao lidar com essas questões, porque o FISCO tem atuado de maneira muito direta com os médicos, na busca de falhas que possam ser multadas.
Como, por exemplo, omissão de receitas ou não pagamento de algum imposto.
Portanto, se você quer ficar tranquilo em relação a isso, entre em contato para que a gente possa conversar e encontrar a melhor solução.
Corintiano Contabilidade
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